Basquete esporte que ajuda na parte física e emocional do atleta


treinador Eduardo de Souza Corrêa (Duda)


Basquete esporte que ajuda na parte física e emocional do atleta


Fonte- Jornal Gazeta do Rio Pardo- Luis Fernando Benedito


O basquetebol é uma modalidade que vem se fortalecendo aqui em nossa cidade com boas equipes e bons treinadores na Associação Atlética Riopardense, DEC e Rio Pardo Futebol Clube. Para falar um pouco sobre este esporte conversei com o treinador treinador Eduardo de Souza Corrêa (Duda) que atualmente trabalha com o basquete em Sorocaba. Confiram a reportagem

01- Você que trabalha com o basquete de alto nível quais são os maiores medos e dificuldades dos atletas?

Acredito que a dificuldade da maioria dos atletas é se estabilizar em um clube e se manter em alto nível de competição. Já em relação ao medo, com toda certeza é a lesão, pois, interrompe o momento na competição e atrasa a evolução dos atletas durante o ano. Além desse medo da lesão ser fator ligado ao aspecto físico. Neste sentido costumo dizer para meus atletas transformar este medo em fator emocional dentro do jogo. O sentimento do medo é passageiro, mas o arrependimento será para sempre. Portanto o atleta deve buscar o equilíbrio emocional, controlar a ansiedade e as tensões, pois quando o jogo acaba o medo passa e as oportunidades também, aí vem o arrependimento.

02- A cobrança vinda de fora da quadra por parte dos pais e amigos também aumenta a pressão sobre o jogador?

No meu ponto de vista, a cobrança de pais e amigos "pode" interferir mais no atleta que compete em esportes individuais, pois, o resultado está diretamente ligado ao seu desempenho, diferente do basquetebol onde as responsabilidades são divididas.

03- A cobrança em tom áspero por parte de alguns treinadores acaba ajudando alguns e deixando outros atletas mais para baixo ainda como dosar esta cobrança?

Existem momentos dentro de um jogo de basquetebol que o treinador deve orientar de forma mais “enérgica”, mas não a ponto de atrapalhar o atleta. Durante o jogo o jogador já sobre grande pressão da equipe adversária, torcida e algumas vezes da arbitragem que acaba complicando o jogo. Diante destes fatores defendo que o treinador deve acreditar no potencial do atleta e não se tornar mais um adversário dentro da partida.

04- Nos dias atuais é mais difícil trabalhar com a categoria masculina ou feminina?

Na realidade, trabalhar com o basquetebol no Brasil é difícil, independente de ser masculino, ou feminino. Não temos uma boa estrutura física e materiais

adequados para o desenvolvimento da modalidade em boa parte do país. Já com relação aos gêneros, penso que a categoria feminina precisa ocupar um espaço maior dentro do esporte. Porém, como já trabalhei com ambos os sexos, acredito que possuem seus prós e contra, mas não vejo dificuldades específicas de trabalhar com um, ou outro.

05- Você indica o basquete como atividade física e também para a formação do caráter da pessoal?

Sou suspeito para falar do basquete. Acredito que uma vez que o indivíduo pratica essa modalidade, o mesmo nunca mais se desprende. Seja para continuar jogando, ou apenas como telespectador. Portanto, indico sim a prática do basquetebol, pois é um esporte capaz de exercer uma importante função social e de desenvolvimento motor e intelectual, tendo em vista que ensina conceitos como respeito, disciplina e trabalho em equipe, entre outros.

06- Suas considerações finais

Primeiramente, gostaria de agradecer ao Luís Fernando e ao Jornal Gazeta do Rio Pardo pela oportunidade de falar do esporte que tanto amo. Em segundo, colocar uma reflexão a todos os profissionais que trabalham com o basquetebol. Atualizem-se, estudem, sigam os passos de quem esteve, ou está no topo do mundo do basquete, pois eles sabem como ninguém os caminhos que os levaram até lá. Para encerrar uma frase do Dr. Osmar de Oliveira "O diferente faz a diferença"

O treinador Eduardo de Souza Corrêa foi jogador profissional de basquetebol jogando pelo Minas Tênis Clube e Liga Sorocabana. Em 2008 formou-se em Educação Física na Faculdade Academia de Ensino Superior, atuou em três temporadas do NBB 2011, 2012 e 2013 como auxiliar técnico da Equipe adulta da Liga Sorocabana e técnico das categorias de base nos campeonatos estaduais e regionais. Em 2012 realizou o Curso Internacional de Basketball com o Coach Damin Altizer um dos principais treinadores norte americanos. Em 2014 participou da clínica de técnicos e auxiliares técnicos do NBB, na oportunidade com a presença do técnico da Seleção Brasileira Masculina, Rubén Magnano, do Coordenador da Escola de Treinadores da Argentina, Ricardo Bojanic e Flávio Davis coordenador das categorias de base do Minas Tênis Clube. Trabalha há 17 anos no basquete e atualmente exerce a função como treinador de desenvolvimento de habilidades pelo Double 2 Basketball Training na cidade de Sorocaba e possui aproximadamente 150 alunos envolvidos em seu processo de treinamento.





Publicada em : 30/04/2016, por Paulão



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