Projeto de voleibol pode ser implantado no município
Projeto de voleibol pode ser
implantado no município
“Por
enquanto é só um sonho”, diz Flávio Danesin, sobre um projeto de voleibol que se
pretende iniciar em São José do Rio Pardo.
Segundo ele, é preciso antes definir alguns pontos para posteriormente convidar
simpatizantes e profissionais para a criação de uma estrutura. “Pais,
professores, técnicos, diretores escolares, representantes do governo local,
enfim, tem que haver retaguarda para acontecer.”
A ideia
inicial, de acordo com o professor, é iniciar um trabalho com a formação de
duas equipes de voleibol em dois clubes ou “bandeiras” diferentes. “Assim
criamos a condição de rivalidade dentro de casa, o que seria muito saudável”,
diz.
Flávio
explica que tudo surgiu a partir da participação nos Jogos Regionais realizados
em São José do Rio Pardo, em que ele e o professor Marcelo Morgan (Russo) foram
responsáveis por montar a equipe que representaria o município. “Tudo nasceu de
um convite do professor Russo para participar dos Jogos Regionais deste ano,
montando uma equipe competitiva de vôlei masculino que tivesse a chance de
levantar o título para a cidade de São José do Rio Pardo, como aconteceu. Foi
incrível a sensação da vitória!”
Por esta
razão, Flávio sugere continuar com este time para que os jogadores sirvam como
“espelhos” para os mais jovens que serão convidados a participar do novo
projeto. “Todas as escolas seriam convidadas a participar indicando alunos.
Podemos criar um projeto de bolsa de estudo para jovens talentosos e
carreiristas no vôlei, enfim, teremos várias frentes para buscar talentos e
potenciais talentos também.”
Boas chances
Flávio
acredita que tanto São José do Rio Pardo quanto outros municípios da região
tenham bons professores de educação física que poderão realizar um ótimo
trabalho de base na modalidade. “Os profissionais do vôlei que jaó são da área
conhecem muito bem o que estou comentando. Basta dar estrutura e incentivo que
tudo acontece.”
Para ele,
conhecimento e relacionamento não irão faltar. “Depende da receptividade da
própria comunidade. Se tivermos apoio podemos ir desde disputas regionais até
torneios nacionais e internacionais.”
A
participação da comunidade por meio de órgãos oficiais, segundo o professor,
facilita o trabalho e a manutenção do projeto, já que a cidade não é tão grande
a ponto de comportar uma seletiva. “Por exemplo, eu li uma reportagem em que um
clube de São Paulo fez uma peneira no início do ano e apareceram milhares de
jovens querendo praticar o vôlei, que hoje é o segundo esporte nacional.
Inicialmente não teremos isso na nossa cidade, precisaremos de mais tempo.”
Experiência
Flávio foi atleta com larga experiência em quadras do país e do
exterior, e pretende trazer essa bagagem para o início de um trabalho de base
da modalidade em São José do Rio Pardo. “Na minha juventude eu joguei durante
20 anos numa das melhores equipes de vôlei do Brasil e da América Latina,
ganhando quase todos os torneios dos quais participamos nacionais e
internacionais. Sabedor
das necessidades que tem uma equipe de alto rendimento, acredito que posso
ajudar. Pelos menos no planejamento de médio e longo prazos para termos a nossa
própria equipe.”
O
voleibol moderno, para ele, mudou muito. “Desde o biótipo dos atletas, as
técnicas de treinamento, os regulamentos foram flexibilizados, o que irá exigir
um estudo bem feito para iniciar qualquer trabalho.”
Flávio é
administrador de empresas com especialização em Planejamento Estratégico,
função que exerce atualmente. “Minha contribuição poderá ser na organização e
no planejamento.”
Trabalho intenso
Flávio
explica que a formação de uma geração de bons atletas, considerando as
categorias de base até o time adulto, exige ao menos de 8 a 10 anos de intenso
trabalho. “Existem cidades que são celeiros de bons atletas e continuam sendo.
Por isso, digo que o Poder Público, as escolas e os clubes são fundamentais
para que aconteça algo diferente para nossa cidade, que no passado já foi
exemplo.”
Texto - Gisele Torres Biacco